Jonh McCain, senador e ex-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, acusou Barack Obama de ser “diretamente responsável” pelo massacre em Orlando. O político corrigiu mais tarde as suas afirmações, dizendo que se referia à política externa conduzida pelo seu governo e não a Obama pessoalmente, explica a CNN.

As polémicas afirmações foram proferidas num discurso no capitólio em que McCain disse: “Barack Obama é diretamente responsável pelo ataque porque quando retirou tropas do Iraque, a al Qaeda foi para a Síria, tornou-se no ISIS, e o ISIS é o que é hoje graças às falhas de Barack Obama — falhas completas, ao retirar toda a gente do Iraque, pensando que os conflitos terminariam só porque se sai. Por isso a responsabilidade é do Presidente Barack Obama e as suas políticas falhadas”.

O senador serviu-se do Twitter para retificar as afirmações e emitiu também um comunicado no seu site.

O ataque à discoteca Pulse resultou em 49 vítimas mortais e 53 feridos. O atacante, Omar Mateen, disse num telefonema para as autoridades e noutra para um jornalista de uma filial da CNN em Orlando que tinha ligações com o ISIS. Essa ligação foi comprovada também por mensagens que partilhou no Facebook dias antes do tiroteio onde se lia: ” América e Rússia parem de bombardear o Estado Islâmico” e “vão matar mulheres e crianças inocentes com os ataques aéreos… Agora provem a vingança do Estado Islâmico. Uma outra publicação ameaçava que “nos próximos dias vão ver ataques do Estado Islâmico nos Estados Unidos”.

A resposta a mais um tiroteio em solo americano é diferente nas duas alas políticas. Por um lado, os republicanos pedem mais controlo dos cidadãos, principalmente imigrantes. Entre os críticos mais radicais está, naturalmente, Donald Trump, que acredita que os Estados Unidos devem fechar completamente a entrada a muçulmanos. Por outro, os democratas concentram-se em tentar aprovar leis que limitem o acesso a armas e que garantam que pessoas com antecedentes de doenças psiquiátricas ou que tenham sido alguma vez indiciadas pelos serviços secretos não possam comprar armas.

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