O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou esta quinta-feira ao fim “da discriminação e da violência contra a comunidade LGBT” durante uma visita aos familiares das vítimas do tiroteio de domingo numa discoteca ‘gay’ em Orlando.
“Estas famílias poderiam ser as nossas famílias. De facto, são a nossa família, pois são parte da família norte-americana. O nosso coração também está partido”, afirmou Obama em declarações aos jornalistas.
As reuniões de Obama duraram horas, tendo falado primeiro com as forças policiais, agentes de segurança e equipas de emergência que compareceram para auxiliar aquando do tiroteio. Em seguida, encontrou-se com familiares das 49 vítimas e com alguns sobreviventes.
O presidente Obama e o vice-presidente Joe Biden depositaram os seus ramos com 49 rosas brancas, uma por cada vítima, diante do centro de artes performativas Doctor Phillips, em Orlando, onde na segunda-feira ocorreu uma cerimónia em homenagem às vítimas e onde dezenas de pessoas depositaram fotografias, balões, cartazes e mensagens de apoio.
“Há quatro dias, esta comunidade (LGBT – Lésbica, Gay, Bissexual e Transexual) viu-se agitada por um ato perverso e cheio de ódio”, mas hoje “existe sobretudo amor”, afirmou o presidente.
Ainda que a dor sentida pelas famílias afetadas seja “indescritível”, segundo Obama, as suas histórias têm “inspirado a nação”, especialmente as histórias de quem arriscou a sua vida para salvar a de outros. Depois deste massacre “o melhor da humanidade” também se fez sentir.
Obama sublinhou que o tiroteio foi “um ato de terror, mas também um ato de ódio” contra os homossexuais, para quem a discoteca Pulse era um local de refúgio e também para muitas pessoas “cuja família era originária de Porto Rico”.
“Não se pode dividir o mundo em ‘eles contra nós'”, afirmou Obama ao assegurar que discriminar em função da orientação sexual “atraiçoa o espírito norte-americano”.
O presidente dos EUA apelou ao fim da “discriminação e violência contra os irmãos e irmãs da comunidade LGBT”.