As sanções à Rússia vão ser mantidas até 23 de junho de 2017 no que diz respeito à importação de produtos originários da Crimeia ou de Sebastopol, ao investimento nessa região e às exportações da União Europeia para esses territórios. A decisão acontece no dia a seguir a um encontro entre Putin e Jean-Claude Juncker em que tanto o presidente da Comissão Europeia como o presidente russo prometeram manter um contacto mais próximo depois de um longo período de dificuldades diplomáticas.

A decisão de prolongar as sanções foi tomada esta sexta-feira pelo Conselho da União Europeia, onde têm assento todos os Estados-membros. Os europeus e as empresas europeias ficam assim impedidos durante mais um ano de importar produtos da Crimeia ou de Sebastopol, de investir nestas regiões — seja através da compra de bens imobiliários, do financiamento a empresas lá sediadas ou da prestação de serviços –, de exercer actividades relacionadas com o turismo — o que inclui que os navios europeus não façam escala na península da Crimeia — e de exportar para esses territórios. Tal como a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança já referiu, “a UE continua a condenar a anexação ilegal da Crimeia e de Sebastopol pela Federação da Rússia e continua empenhada em aplicar plenamente a sua política de não reconhecimento“.

Mas Jean-Claude Juncker esteve na Rússia à procura de tréguas entre os dois blocos. No Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, o presidente da Comissão afirmou que a relação entre a Rússia e a União Europeia é atualmente “perturbada” e “marcada por desconfiança”, mas “não é impossível repará-la”. “Precisamos de a consertar e eu acredito que podemos. Sempre acreditei no poder do diálogo. Quando as nossas relações são tensas, temos de continuar a falar, mesmo com sanções económicas, temos de manter a porta aberta“, afirmou o líder da Comissão.

Na reunião com Putin, Juncker garantiu que as sanções à Rússia serão suspensas quando os Acordos de Minsk estiverem completamente implementados, pretendendo assim o que o conflito no Leste da Ucrânia termine. Tanto Juncker como Putin vão manter “contactos próximos” e a reunião, segundo o Euroactiv, decorreu “numa boa atmosfera”.

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