O Governo angolano contratou a construção de 3.000 casas sociais por 125 milhões de euros, para garantir o realojamento de famílias num bairro do centro de Luanda, devido à expropriação de terrenos.

A informação consta de um despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, consultado esta segunda-feira pela agência Lusa, justificando a construção destas casas e respetivas infraestruturas com a necessidade de realojar famílias no distrito urbano do Sambizanga.

“Devido a expropriações para viabilizar a execução dos principais projetos de infraestruturas em curso”, lê-se no documento, de 8 de junho, aprovando o projeto desta obra e que acrescenta o objetivo de “melhorar a qualidade de vida da população” daquela zona central da capital angolana.

O contrato aprovado prevê a construção das 3.000 casas sociais em Luanda pela empresa China Gezhouba Group Company, por 137,3 milhões de dólares (121,9 milhões de euros), acrescido de 4,1 milhões de dólares (3,6 milhões de euros) para os serviços de fiscalização da empreitada, por parte da empresa DAR Angola Consultoria.

O distrito urbano do Sambizanga é constituído pelos bairros Operário, Sambizanga e Ngola kiluanje, inseridos no perímetro do centro da cidade, uma grande parte zona de musseques sem abastecimento de água, saneamento básico ou fornecimento regular de eletricidade.

A província de Luanda conta com cerca de 6,9 milhões de habitantes, mais de um milhão dos quais concentrados no centro da capital. O Município de Luanda é dirigido por uma Comissão Administrativa e a gestão desconcentra-se em distritos urbanos e bairros.

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