A pintura “Vertumno e Pomona”, do artista flamengo Jacob Jordaens (1593-1678), proveniente do Museu do Caramulo, vai ser exibida no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, a partir de quarta-feira.

De acordo com o MNAA, esta obra vai ser exibida no âmbito do ciclo “Obra Convidada”, sendo a primeira proveniente de uma instituição nacional, e ficará patente até 09 de outubro.

A obra fez parte de um programa iconográfico idealizado pelo pintor Pieter Paul Rubens, baseado nas “Metamorfoses”, de Ovídio, para a Torre de la Parada, um pavilhão de caça do Palácio Real de El Pardo, em Madrid, Espanha.

Ainda segundo o museu, a partir dos esboços concebidos por Rubens, vários colaboradores trabalharam na encomenda real, incluindo artistas espanhóis, como Velásquez.

Em 1636, o rei Felipe IV de Espanha começou a receber algumas das pinturas vindas de Antuérpia, “e, embora não se conheça o percurso exato do quadro, é provável que ele tenha passado do Palácio do Retiro, quando o seu desmantelamento, para a coleção da Casa de Santar, onde se encontrava, até meados do século XX, sendo aí adquirido pela [antiga petrolífera portuguesa] Sacor, e oferecido ao Museu do Caramulo – Fundação Abel e João de Lacerda”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Iniciado em 2013, com uma obra de Lucas Cranach, o Velho (1472-1553), vinda do The Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque, o ciclo de exposições, designado por “Obra Convidada”, tem vindo a apresentar, no MNAA, algumas obras de arte de grandes museus estrangeiros.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, em pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

A pintura “Vertumno e Pomona” vai ser apresentada às 18:00, de quarta-feira na sala 60, na Galeria de Pintura Europeia do museu.