As Comissões de Utentes contra as Portagens nas ex-scut do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata pediram esta terça-feira aos automobilistas para denunciarem a “injustiça” da exclusão destas vias da redução do valor das portagens.

“A redução do valor das portagens apenas para as antigas Scut A22, A23, A24 e A25 previstas pelo Governo PS é uma discriminação perfeitamente injusta para os utentes da A28, A29 e A41/42, tendo em conta que nestas vias não há alternativas quer em termos de mobilidade, quer em termos de segurança”, disse à Lusa um elemento das comissões de utentes, José Rui Ferreira, durante a distribuição de panfletos, na Rotunda AEP, no Porto.

O Parlamento aprovou a 6 de maio o projeto de resolução apresentado pelo PS para a redução do valor das portagens nas autoestradas do interior e nas vias rodoviárias sem alternativas adequadas de mobilidade e segurança.

“Queremos sensibilizar o Governo de António Costa para que a redução do valor das portagens se estenda às ex-Scut do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata, sendo uma questão de justiça para os utilizadores”, disse.

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E acrescentou: “caso não atenda ao nosso pedido termos de desenvolver outro tipo de ações de protesto”.

Apesar de defender o fim das portagens, José Rui Ferreira considerou que, numa primeira fase e como primeiro passo, a redução do valor das portagens era “justa”.

Para o dirigente, as portagens “não fazem sentido”, tendo acentuado a crise económica das famílias e das empresas.

“O tempo decorrido desde a introdução de portagens nas ex-scut do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata veio confirmar as consequências negativas então previstas e o atual Governo PS prepara-se para discriminar a população desta região”, afirmou.

A título de exemplo, José Rui Ferreira revelou que uma pessoa que mora em Viana do Castelo e trabalha no Porto gasta, por mês, cerca de 200 euros em portagens.

“Os preços são mesmo muito caros, tendo um forte peso no orçamento familiar”, frisou.