As infeções de otorrinolaringologia representam cerca de 90% de todas as infeções em crianças, com as otites médias, as amigdalites e as sinusites a serem os problemas mais comuns, segundo especialistas.

Cerca de 1.500 especialistas mundiais estão reunidos em Lisboa no congresso da Sociedade Europeia de Otorrinolaringologia Pediátrica, que termina esta terça-feira, que tem debatido os desenvolvimentos mais importantes nesta área da medicina.

Segundo a otorrinolaringologista Luísa Monteiro, as infeções do foro da garganta, ouvidos e nariz representam perto de 90% de todas as infeções que ocorrem em crianças.

“Estamos a falar de otites médias, sobretudo recorrentes, das amigdalites, das sinusites, das rinofaringites. São situações muito frequentes e que ocorrem muitas vezes em crianças de tenra idade”, adiantou a médica em resposta à agência Lusa.

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Trata-se de crianças que são expostas cedo a socialização nos infantários e a outros fatores de risco como exposição a fumo passivo de tabaco ou poluição, que as torna mais vulneráveis a infeções de repetição ou infeções crónicas.

O otorrino Victor Correia da Silva adianta que “os problemas auditivos sérios têm diminuído bastante devido à prevenção e tratamento precoce”, lembrando que no passado muitas otites evoluíram para infeções graves e destrutivas “por vezes com complicações que punham em risco a vida”.

“Atualmente as otites médias são diagnosticadas mais cedo e, quando não respondem a tratamento médico, as crianças são submetidas a pequenas intervenções que evitam, na maioria dos casos, a evolução para situações sérias”, adiantou o médico otorrinolaringologista.