Um trabalhador da Base Polo Sul Amundsen-Scott teve de ser resgatado esta noite, devido a uma emergência médica que não pode ser resolvida no local. Este tipo de operação de resgate, de acordo com o The Guardian, só aconteceu duas vezes na história da estação.

Para chegar a esta base, localizada a apenas de 100 metros do Polo Sul, é necessário utilizar um avião Twin Otter, o único modelo capaz de voar a temperaturas tão baixas. É que, neste momento, o Polo Sul está a meio do inverno, num estado de escuridão permanente e a uma temperatura média de -60ºC. O The Guardian explica que estas aeronaves, operadas pela companhia aérea Kenn Borek, do Canadá, conseguem voar até um limite de temperatura de -65ºC.

A estação Amundsen-Scott, no Pólo Sul.

A estação Amundsen-Scott, no Pólo Sul.

A viagem começou no dia 14 de junho, altura em que dois aviões Twin Otter partiram do Canadá rumo à estação de Rothera, no extremo sul sul da América do Sul. Esta terça-feira, um dos aviões partiu de Rothera, numa viagem de cerca de 2.400 quilómetros, de 10 horas, até à base polar. O outro ficou na estação, pronto para intervir se qualquer problema ocorresse com o primeiro.

Apesar de a identidade do paciente não ter sido revelada, o responsável pela expedição polar da National Science Foundation, gestora da base, disse que se trata de um funcionário da Lockheed Martin, construtora de produtos aerospaciais.

Durante os meses de inverno polar (entre fevereiro e outubro), os acessos à base, onde vivem atualmente 48 pessoas, são cortados. A chegada e a partida dos investigadores acontece apenas nas alturas do verão. Por isso este resgate é duplamente arriscado, e operações do género tinham acontecido apenas duas vezes, em 2001 e 2003.

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