O ministro da Defesa do Brasil disse esta quarta-feira que o país está a preparar um esquema de segurança para os Jogos Olímpicos “à dimensão do evento” e admitiu um aumento do destacamento das forças armadas.

Raúl Jungmann participou esta quarta-feira com os ministros da Justiça e da Segurança Institucional num seminário organizado pelas Forças Armadas para discutir os planos de segurança, que estão a ser desenvolvidos há sete anos.

Em declarações aos jornalistas, Raúl Jungmann explicou que os planos de segurança estão em permanente revisão e são discutidos com as autoridades de outros países, em função de necessidades particulares e dos protocolos estabelecidos para os Jogos Olímpicos, que decorrem entre 5 e 21 de agosto.

O ministro da Defesa admitiu que a revisão levará a um aumento dos efetivos das Forças Armadas destacados para a segurança, a pedido das autoridades do Rio de Janeiro.

Segundo Raúl Jungmann, o número de efetivos que se deverá juntar aos 38.000 militares já destacados deverá ser definido na quinta-feira.

Além dos elementos das Forças Armadas estão destacados para a segurança dos Jogos Olímpicos 48.000 efetivos de diferentes estruturas policiais.

Jungmann admitiu que as autoridades irão ter especial atenção a ameaças terroristas, assegurando, no entanto, que “não existem ameaças identificadas”.

O ministro referiu que os Jogos Rio2016 encarnam “o sonho olímpico de um mundo em paz e união”, mas lembrou: “não devemos esquecer que, no mundo atual, esses sonhos às vezes são perturbados por pesadelos originados pela fragmentação política”.

Raúl Jungmann admitiu que o Brasil vai receber os Jogos Olímpicos e, em setembro, os Paralímpicos “num momento delicado”, numa alusão à suspensão da presidente do país, Dilma Rousseff.

De acordo com o ministro, o presidente interino, Michel Temer, está empenhado “em garantir em pleno” a segurança de todos os participantes no maior evento desportivo do mundo.

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