O índice Euro Stoxx 50, composto por cinco dezenas de grandes empresas cotadas na Europa, perdeu 8,62% do seu valor nesta sexta-feira, a maior queda diária desde o início de 1987, quando o índice foi criado. Foram os bancos europeus os maiores responsáveis pelo tombo: os italianos UniCredit e Intesa Sanpaolo e o francês Société Générale caíram mais de 20%. Outros membros do setor financeiro desceram mais de 15%: Santander, BNP Paribas, Generali, BBVA e Axa. Nenhuma das 50 ações do Euro Stoxx 50 registou avanço nesta sessão de bolsa.

O efeito do resultado do referendo britânico da passada quinta-feira alastrou-se aos mercados bolsistas mundiais. O IBEX 35 e o FTSE MIB, os principais índices de Madrid e Milão, respetivamente, também registaram as suas maiores quedas históricas, ambos com tombos superiores a 12%.

Apesar de o epicentro da descida bolsista estar no Reino Unido, a bolsa de Londres foi das menos afetadas. O FTSE 100, o principal índice local de ações, desceu 3,15%, mas o FTSE 250, composto por empresas mais pequenas e mais dependentes da economia britânica, caiu 7,19%.

Bolsa Índice Variação diária
24 de junho de 2016
até às 17 horas
Milão FTSE MIB -12,48%
Madrid IBEX 35 -12,35%
Paris CAC 40 -8,04%
Tóquio Nikkei 225 -7,92%
Lisboa PSI 20 -6,99%
Frankfurt DAX -6,82%
Zurique SMI -3,44%
São Paulo Ibovespa -3,35%
Sidney S&P/ASX 200 -3,17%
Londres FTSE 100 -3,15%
Nova Iorque S&P 500 -2,61%

O PSI 20 da bolsa de Lisboa desvalorizou 6,99%, a sua terceira maior queda diária desde que foi criado em 1992. No dia 6 de outubro de 2008 tinha tombado 9,86% na sequência do salvamento de bancos por governos europeus. No dia 1 de outubro de 1998 tinha caído 9,14% devido a sinais de recessão.

As ações do Banco Comercial Português foram as que mais desceram em Lisboa, ao perderem 12,20% do seu valor. Foi seguido pelos CTT (-10,77%), EDP (-10,68%), Nos (-10,53%) e Sonae (-10,27%). A Pharol foi a única ação a subir no PSI 20 durante a sessão de bolsa desta sexta-feira (2,11%).

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