Os líderes do Conselho Europeu, do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e da presidência rotativa da União Europeia garantem numa declaração conjunta que a União vai continuar a 27 e querem que as negociações para a saída do Reino Unido comecem rapidamente: “qualquer atraso iria prolongar desnecessariamente a situação de incerteza”.

Se é para sair, que seja rapidamente. A declaração conjunta dos líderes das principais instituições da União Europeia não deixa margem para dúvidas. A União é agora a 27 Estados-membros e que seja rápido o processo.

A declaração dos quatro presidentes

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Esta manhã David Cameron pediu demissão e diz que será apenas o próximo primeiro-ministro a pedir e a negociar a saída da União Europeia, dizendo que não era preciso estabelecer um calendário, e que esperava apenas que o próximo primeiro-ministro já estivesse no cargo em outubro.

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Mas do lado europeu não há apetite para a calma dos britânicos. A decisão foi feita num “processo livre e democrático”, dizem Martin Schulz, Donald Tusk, Mark Rutte [que assume a presidência rotativa da UE durante a presidência holandesa] e Jean-Claude Juncker, e agora os líderes estão unidos na resposta que passa por promover os valores da paz e do bem-estar dos cidadãos da EU. “A União de 27 Estados-membros vai continuar”.

Mas no que diz respeito ao Reino Unido, a resposta é dura: “Esperamos agora que o governo do Reino Unido efetive a decisão do povo britânico tão rápido quanto possível, independentemente de quão doloroso possa ser o processo. Qualquer atraso iria prolongar desnecessariamente a situação de incerteza”.

Os líderes vão mais longe e dizem que existem os mecanismos para a saída de um país da União e que estão “prontos a lançar rapidamente as negociações com o Reino Unido relativamente aos termos e condições da sua saída da União Europeia”.

Enquanto o Reino Unido fizer parte da União Europeia, avisam, as regras e os tratados europeus são para cumprir. Já o acordo que tinha sido alcançado em fevereiro entre a União Europeia e o Reino Unido extingue-se e “não haverá qualquer renegociação”.

Sobre a futura relação com o Reino Unido, os líderes da União Europeia dizem que esperam que o Reino Unido seja um parceiro da União Europeia no futuro, mas que terão de ser os britânicos a fazer propostas neste sentido. “Qualquer acordo, que será concluído com o Reino Unido como país terceiro, terá de refletir os interesses de ambos os lados e equilibrados nos seus direitos e deveres”.