Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas na sequência de um ataque ao hotel Nasa Hablod, em Mogadíscio, capital da Somália, na África oriental. De acordo com Mohamed Abdulkadir, da polícia, a maioria das vítimas mortais são civis que se encontravam nas imediações, no interior de lojas ou na estação de gasolina.

O ataque já foi reivindicado pelos rebeldes do grupo extremista al-Shabab, o ramo somali da Al-Qaida, que juraram fazer cair o governo da Somália.

O ataque começou por volta das 13h30 deste sábado com a explosão de um carro armadilhado nas imediações do hotel. A esta, seguiu-se a entrada no Nasa Hablod de um grupo de homens armados, que começaram a disparar contra os presentes de forma indiscriminada. De acordo com a polícia local, citada pela Associated Press, minutos depois ouviu-se uma segunda explosão no interior do hotel.

A polícia montou uma operação no local e cortou o acesso à área. Ao fim de quase quatro horas de combate com o grupo armado, as autoridades conseguiram tomar o hotel, que é frequentado sobretudo por membros do executivo somali e por estrangeiros.

O grupo extremista al-Shabab, ligado à al-Qaeda e sediado na Somália, usa com frequência carros armadilhados para entrar em locais fortificados. No início do mês, um homem armado do al-Shabad matou 15 pessoas num outro hotel da capital, o Ambassador, incluindo dois membros do parlamento. Outro ataque a um hotel e a um jardim público de Mogadíscio, em fevereiro deste ano, provocou a morte de menos nove civis e uma explosão de um carro armadilhado, em abril, matou pelo menos cinco.

A manutenção da segurança do país enfrenta cada vez mais dificuldades. A União Europeia cortou em 20% o apoio à missão da União Africana na Somália e o Uganda prevê retirar seis mil homens até dezembro de 2017. O Uganda tem o maior contingente militar na Somália.

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