Duarte Cordeiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, considera que as ruas de Lisboa estão mais limpas e que “há poucos espaços de diversão noturna”.

Em entrevista ao site Corvo, Duarte Cordeiro, que é também o vereador com os pelouros da Higiene Urbana e da Economia e Inovação, não concorda com aqueles que dizem que Lisboa é uma cidade suja e afirma que “na maioria dos bairros de Lisboa tem-se detetado uma melhoria da lavagem, da varredura e até da dimensão e visibilidade das equipas de proximidade das juntas de freguesia”.

O vice-presidente da CML falou também dos problemas de ruído e de higiene urbana que acontecem em lugares como Bairro Alto ou o Arco do Cego: “É saudável que haja jovens que aproveitem o jardim do Arco do Cego para conviver e tomar uma bebida durante a tarde. Nenhum de nós deverá ter problemas com isto, pelo contrário. É sinal de que temos uma cidade com bom tempo e jardins e espaço público de qualidade. A questão aqui tem que ver com o facto de, como está a ser feito, estar a tirar qualidade de vida a quem vive naquela zona. Porquê? Por causa do ruído, a partir de uma certa hora, e por causa das questões de higiene urbana”.

Duarte Cordeiro espera que certas zonas ganhem uma maior dimensão e não considera que haja muitos espaços de diversão noturna: “Para mim, até há poucos espaços de diversão noturna. Deveria haver mais e mais espalhados pela cidade, indo de encontro à tal vocação original de muitos espaços da cidade. Para nós, seria ótimo que a Doca do Espanhol ganhasse outra vitalidade em termos de clientes, que as docas sob o tabuleiro da Ponte 25 de Abril também ou que o Parque das Nações também. Espero que o novo regulamento de horários ajude nisso”.

“Deve haver alojamento local noutras zonas da cidade”

A entrevista abordou ainda o tema do alojamento local. Duarte Cordeiro afirma que esta questão “é uma dupla realidade”. “Tem um conjunto de constrangimentos, mas, acima de tudo, tem uma virtude muito grande. Não só dá resposta a uma procura significativa – muitas vezes, está associado a edifícios que ficam reabilitados definitivamente, tornando-se um ativo para a cidade.”

O vice-presidente da CML admite que tem de ser analisada a questão da distorção do mercado habitacional provocada pelo alojamento local e aponta uma solução: “Há várias coisas que têm de ser feitas e que nós temos feito, como o desenvolvimento de outras zonas da cidade, para não haver um fenómeno de tanta concentração. Tem de haver mais conteúdos e mais interessantes noutras zonas da cidade, que possam arrastar alojamento para essas zonas. Isso é um aspeto importante para o futuro da cidade”.

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