Poucas marcas ocuparão no imaginário dos amantes do automóvel a posição que é, por direito, pertença da Aston Martin. Na órbita da Ford entre 1192 e 2006, desde 2007 que a emblemática casa britânica é controlada por um consórcio liderado por David Richards, nome incontornável da história dos ralis, e que tem entre os seus principais membros duas empresas de investimento do Koweit (a Investment Dar e a Adeem Investment) e o banqueiro norte-americano John Singers – tendo a italiana Investindustrial adquirido em 2012, por cerca de 180 milhões de euros, 37,5% do capital da marca de Gaydon. O facto é que nem a sua nova estrutura accionista tem conseguido inverter o historial algo atribulado da Aston Martin no plano financeiro.

Não é a primeira vez que as palavras “Aston Martin” e “prejuízo” vêm juntas na mesma frase. No seu exercício de 2015, a empresa registou prejuízos pelo quinto ano consecutivo, desta feita no valor de 127,9 milhões de libras (cerca de 154,4 milhões de euros) antes de impostos – isto é, praticamente o dobro do registado em 2014 (71,8 milhões de libras, equivalentes a 86,6 milhões de euros).

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O CEO da Aston Martin, Andy Palmer, explica o resultado através da quebra das vendas (de 3.661 para 3.615 unidades, o que acabou por contrariar as suas próprias previsões do final de 2014) e, sobretudo, dos fortes investimentos que estão a ser realizados na construção de uma nova fábrica destinada à produção do DBX, um crossover com o qual a marca espera alcançar novos clientes, que pretendam mais do que um automóvel de carácter vincadamente desportivo.

Para 2016, a Aston Martin prevê vendas globais equivalentes às do ano passado, mas com ganhos financeiros da ordem dos 20%, por via do início da comercialização do novo DB11.

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