A ministra do Interior do Reino Unido, Theresa May, anunciou a sua candidatura à sucessão do primeiro-ministro, David Cameron, prometendo unir os britânicos, numa carta publicada hoje pelo Times.

O líder conservador anunciou a sua demissão, com efeitos em outubro, depois de os eleitores britânicos terem decidido que o Reino Unido deve sair da UE, depois de o “Brexit” no referendo da semana passada.

Tal como David Cameron, Theresa May apoio a permanência no bloco, mas teve uma postura discreta e um papel conciliador na campanha, tendo sido apontada como uma candidata consensual, embora só agora se tenha pronunciado.

“Após o referendo da semana passada, o nosso país precisa de uma liderança forte e reconhecida para nos orientar neste período de incerteza económica e política e para negociar os melhores termos possíveis a saída da União Europeia”, escreveu Theresa May.

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A ministra também anunciou o desejo de lançar “um programa radical de reformas sociais” para “fazer do Reino Unido um país ao serviço de todos”.

May afirmou ainda que algumas pessoas precisam de ser lembradas de que “o governo não é um jogo”, mas algo “sério”, que tem “consequências reais na vida das pessoas, numa aparente alusão ao seu principal rival, o ex-presidente da Câmara de Londres e líder da campanha a favor do “Brexit”, Boris Johnson.

Theresa May, 59 anos, foi nomeada ministra do Interior em 2010, quando David Cameron foi eleito chefe do Governo, uma posição que manteve depois da reeleição do primeiro-ministro no ano passado.

A sua postura de consenso levou o Sunday Times a apresentá-la como “a única figura capaz de unir as fações rivais do partido” conservador.

Os candidatos têm até hoje ao meio-dia para se apresentar.

Uma vez encerradas as candidaturas, os deputados terão três semanas para escolher dois finalistas que serão alvo da votação dos 150.000 membros do partido durante o verão.

O nome do novo chefe do Governo será anunciado a 9 de setembro.