O jornal norte-americano The Wall Street Journal avançou esta quinta-feira que a Apple está, alegadamente, em negociações com Jay Z para adquirir o TIDAL, o serviço de streaming de música fundado em 2014 pelo consórcio escandinavo Aspiro. As informações não são oficiais mas apontam para conversações “exploratórias” que, a serem bem-sucedidas, colocariam a Apple numa posição competitiva em relação ao principal concorrente, o serviço sueco Spotify.

O que está em jogo é a quantidade de super-estrelas que recentemente se associaram exclusivamente ao TIDAL. Entre eles estão nomes como Madonna, Beyoncé, Prince, Rihanna, Kanye West e o próprio Jay Z, que negociou com estes e outros artistas modelos de compensação financeira mais vantajosos, quando comparados com os serviços concorrentes (Spotify e Google Play).

O TIDAL afirma ter 4,2 milhões de subscritores pagos e o Apple Music, 15 milhões. Juntos, ficariam ainda a 10 milhões do Spotify, que tem 30 milhões de clientes (pagos). Contudo, a eventual passagem dos grandes artistas para o Apple Music poderia dar-lhe um empurrão determinante, agora que a Apple se prepara para uma restruturação de fundo na aplicação móvel, incluída na próxima versão do sistema operativo (o iOS 10 será lançado depois do verão).

O TIDAL está disponível em Portugal em duas opções: versão normal (Premium) por 6,99€ e a versão Hi-Fi, com qualidade de som equivalente ao CD, por 13,99€.

Há nesta história uma associação inevitável. Steve Jobs era um acérrimo defensor da música com som de qualidade (era fã do vinil). O fundador da Apple, que revolucionou a indústria da música com a criação do iPod e do serviço iTunes, sempre manifestou o desejo de oferecer som Hi-Fi, o que nunca se concretizou. Talvez seja desta.

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