A Human Rights Watch (HRW) elogiou esta sexta-feira a decisão histórica de criar um novo cargo que tem como tarefa lutar contra a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de género.

O primeiro género deste tipo de trabalho nas Nações Unidas (ONU) foi criado pelo Conselho de Direitos Humanos depois de um debate aceso de três horas e meia com muitos estados a expressarem uma forte oposição, disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho, Rolando Gomez.

A resolução que cria o emprego de ‘Especialista independente na proteção contra a violência e discriminação baseada na orientação sexual e identidade de género’ foi adotada na quinta-feira com 23 votos a favor, 18 contra e seis abstenções no conselho de 47 membros.

“A ONU deu um passo histórico”, disse John Fisher, diretor em Genebra da organização não governamental baseada em Nova Iorque.

Afirmou também que aqueles que são vítimas de discriminação em função do seu género ou da sua orientação sexual têm agora “uma voz oficial”.

A iniciativa foi apoiada por um grupo de países latino americanos e pela Grã-Bretanha, com o apoio de vários estados europeus, bem como da Coreia do Sul, do Vietname e da Mongólia.

Os votos contra foram dados pela China e pela Rússia, juntamente com estados árabes como a Arábia Saudita. Os opositores em África incluíam o Quénia, o Togo e a Nigéria que, em 2014, adotaram uma dura lei anti-homossexualidade.

O especialista independente vai ser nomeado nos próximos meses.

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