A maioria das 20 vítimas civis do ataque a um restaurante em Daca, frequentado por estrangeiros, ocorrido na noite de sexta-feira para hoje, são cidadãos italianos e japoneses, estando também identificados uma indiana e um norte-americano.

O ataque, reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), foi perpetrado por sete insurgentes num restaurante numa zona diplomática de Daca e começou na noite de sexta-feira, prolongando-se durante 12 horas.

Seis dos atacantes foram mortos nos confrontos com as forças de segurança e um deles foi capturado, o que elevou para 28 o número de mortos, contando com os 20 reféns e dois polícias que morreram durante a operação.

Nove italianos, quatro homens e cinco mulheres, foram mortos no ataque contra o restaurante em Daca e um outro está desaparecido, anunciou hoje o ministro dos Assuntos Estrangeiros italiano, Paolo Gentiloni, que difundiu uma lista nominativa das vítimas, precisando que as famílias já foram avisadas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A pessoa que se encontra desaparecida estava no restaurante no momento do ataque, mas não foi identificada entre as 20 vítimas, explicou Gentiloni aos jornalistas.

O Governo do Japão anunciou que entre as vítimas estão sete japoneses, cinco homens e duas mulheres, que, de acordo com a imprensa nipónica, se encontravam no Bangladesh no quadro de um projeto da Agência de Cooperação Internacional do Japão.

Entre as vítimas está também um cidadão norte-americano, anunciaram a Casa Branca e o Departamento de Estado norte-americano, sem identificar a vítima.

A Universidade Emory, na Georgia (sul dos EUA), indicou que “dois dos seus estudantes, Abinta Kabir e Faraaz Hossein”, fazem parte das vítimas, sem precisar a respetiva nacionalidade.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Índia, Sushma Swaraj, confirmou que uma jovem universitária indiana, de 19 anos, que identificou como Tarushi, figura também entre os reféns mortos.

O ataque, reivindicado pelo EI e um braço da Al-Qaida no subcontinente indiano, causou ainda pelo menos 26 feridos, disseram fontes hospitalares à agência EFE.

Outros 13 reféns, de nacionalidades argentina, indiana, tailandesa, cingalesa, italiana e japonesa foram libertados pelas autoridades, de acordo com o general Nayeem Ashfaq, que dirigiu a operação de resgate.