A Islândia foi a equipa sensação deste Euro 2016, não apenas por ter chegado aos quartos-de-final da competição mas pela lição de espírito de equipa e desportivismo. A derrota por 5-2 com a França foi celebrada de forma inesquecível: os jogadores e a equipa técnica dirigiram-se ao canto do estádio onde estavam os quase 30 mil adeptos que foram até Paris para celebrarem com eles, com muitas palmas. Uma derrota? Ninguém diria.

Guðni Jóhannesson, o recém-eleito presidente da Islândia foi um dos 30 mil islandeses que foram até ao Stade de France apoiar a equipa e escolheu sentar-se nas bancadas.

“Porquê ir para os camarotes VIP, saborear champanhe quando posso fazer isso em qualquer lugar do mundo?”, disse o presidente islandês à CNN sobre o facto de preferir ver o jogo rodeado pelos seus compatriotas. Algo normal, para um presidente eleito como independente e que insiste em continuar a levar os cinco filhos à escola.

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Segundo dizem os números, a Islândia terá cerca de 330 mil habitantes e muitos dos 300 mil que não foram até ao estádio na capital francesa, não deixaram de apoiar a equipa em frente ao ecrã gigante colocado em Arnarholl, na capital do país, Reiquiavique. Mesmo em casa, os fãs da seleção vestiram-se a rigor.

Os jogadores agradeceram o apoio ao percurso inesperado da seleção. “Estou muito orgulhoso. Tem sido um torneio fantástico, algo muito especial para uma pequena equipa como nós”, disse Gylfi Sigurðsson jogador do Swansea City ao World Soccer Talk.

O percurso da Islândia no Euro 2016 despertou a simpatia dos apreciadores de futebol — e não só — um pouco por todo o mundo. Contra todas as expectativas a equipa eliminou a Inglaterra da competição e demonstrou muita garra em campo. Entusiasmo que se estendeu ao comentador Guðmundur Benediktsson e à forma como grita os golos, mas também a forma incrível como a equipa celebrou com os adeptos a vitória sobre a Inglaterra.