Deputados e dirigentes do PCP vão estar esta terça-feira em praças e estações ferroviárias das principais cidades do país em “ações de esclarecimento” contra a aplicação de sanções a Portugal pela União Europeia (UE) por défice excessivo.

Esta campanha do PCP, designada “Não às chantagens da UE – não às sanções”, arranca no dia em que o colégio de comissários europeus deverá analisar a eventual aplicação de sanções a Portugal e Espanha, mas vai prolongar-se nos dias seguintes, pelo menos até quinta-feira.

Segundo um comunicado divulgado pelo PCP, na terça-feira de manhã haverá ações no Seixal, com a deputada Paula Santos, e também em Lisboa, Porto, Coimbra e Braga, onde estarão, respetivamente, Armindo Miranda, Jaime Toga, Vladimiro Vale e João Frazão, dirigentes da Comissão Política deste partido.

Nestas ações, poderá haver intervenções em tribunas públicas e será distribuído um folheto no qual o PCP critica a proposta do Bloco de Esquerda (BE) de avançar com um referendo caso haja sanções para Portugal, afirmando: “As chantagens não se referendam!”.

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O PCP defende que a resposta do Governo, nesse caso, deve ser “desvincular-se dos mecanismos que dão origem às sanções”.

No mesmo folheto, os comunistas destacam a sua proposta de “realização de uma conferência intergovernamental com o objetivo de decidir a reversibilidade dos tratados da UE” e insistem que “Portugal tem de se preparar para se libertar da submissão ao euro”.

De acordo com a agenda divulgada pelo PCP, haverá também “ações de esclarecimento” em Guimarães, Aveiro e Setúbal, na terça-feira, e na fábrica da Peugeot Citroen, em Mangualde, na quarta-feira — não estando indicado quem estará presente nessas iniciativas – e em Faro, na quinta-feira, com Vasco Cardoso, da Comissão Política.