A globalização tem destas coisas. Com a abertura (mesmo que relativa) da China ao mundo, não foi só possível aos operadores estrangeiros passarem a aceder ao mercado local – no caso automóvel, já o maior do planeta. Muitos foram os investidores chineses que também decidiram alargar a sua esfera de influência, nomeadamente através da aquisição de outras empresas e marcas um pouco por todo o mundo.

A Geely, proprietária da marca automóvel com o mesmo nome, uma das mais populares no mercado chinês, é um desses casos. Além de já produzir automóveis, motos, motores e transmissões, em 2010 adquiriu à Ford a sueca Volvo e, em 2012, a London Taxi, a emblemática construtora dos não menos famosos e característicos táxis da capital britânica.

Agora, chega a notícia que a Geely se prepara para lançar na China, ainda este ano, uma nova marca de luxo, capaz de competir, localmente, com fabricantes de renome e presença mundial, como a Honda ou a Volkswagen. E, para o fazer, desenvolverá os seus modelos a partir de plataformas desenvolvidas em conjunto com a Volvo e já utilizadas nos seus automóveis.

Ao que parece, a primeira proposta a ser comercializada será um crossover, a construir na fábrica que a Geely detém no norte do país, com uma capacidade de 200 mil unidades/ano e que custou qualquer coisa como 275 milhões de euros. A produção deste novo modelo arrancará ainda este ano, e deverá permitir à empresa aumentar a sua quota no mercado automóvel chinês. Só nos cinco primeiros meses do ano, a Geely vendeu na China mais de 223 mil automóveis, um aumento de 7% face a idêntico período de 2015.

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