A TAP quer seduzir mais turistas norte-americanos (e não só). Os brasileiros, russos e escandinavos também estão na mira da companhia aérea. Como? Através da app de descontos que lança esta terça-feira, o Portugal Stopover, em parceria com várias associações e operadores turísticos. Objetivo: incentivar os passageiros de longo curso da TAP a fazer escala em Portugal, permanecendo até três dias, sem custo adicional, nas tarifas aéreas. Até 2018, a empresa liderada por Fernando Pinto quer mais 500 mil pessoas a pisar o solo nacional até 2018

Além da oferta da passagem aérea adicional para Lisboa ou Porto, a TAP oferece vários benefícios exclusivos aos turistas que chegarem ao país através da app, dando-lhes informação relativa a itinerários, horários de transportes públicos e eventos que decorram perto do sítio onde se encontram.

A aplicação, que é gratuita, está “pensada e desenhada para interagir com o cliente e para este interagir com os seus amigos, nas redes sociais”. No futuro, quem a usar poderá criar um vídeo com fotografias captadas pelos utilizadores em Lisboa. A TAP acrescenta ainda que o Portugal Stopover terá uma forte componente digital: além da app, que será “o guia do turista durante a sua estadia”, a transportadora desenvolveu ainda um site específico, que permitirá aos clientes “agendar a viagem, reservar um hotel e escolher uma experiência” gratuita para fazer em Portugal.

Entre os benefícios oferecidos pelo Portugal Stopover estão, por exemplo, oferta de garrafas de vinho nos restaurantes parceiros (ao todo, o programa conta oferecer 15.000 garrafas de vinho aos turistas que cheguem pelo programa), preços exclusivos em hotéis que se associaram à iniciativa, descontos em lojas aderentes e serviços exclusivos, como entrega de compras em hotéis e um conjunto de experiências gratuitas que servirão para atrair nichos turísticos ao país.

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Os Estados Unidos da América são um dos mercados em que a companhia aérea tem vindo a apostar. O anúncio feito em junho – de mais duas ligações diretas da TAP aos Estados Unidos — é disso exemplo. Com a companhia a voar para os aeroportos JFK International, de Nova Iorque, e Logan, de Boston, passam a existir nove rotas diretas para o mercado norte-americano. Em três anos, a empresa liderada por Fernando Pinto quer atrair mais de um milhão de clientes daquele país.

A TAP quer que Portugal se torne, nos próximos três anos, um dos dez destinos preferidos dos turistas norte-americanos — até porque, nas suas viagens, 11% dos turistas norte-americanos visitam duas cidades, “o que é uma oportunidade para o Stopover [escala que dura mais de 24 horas]” em Portugal, afirma a companhia, que estima ainda que, em três anos, o programa possa ter um impacto de 150 milhões de euros na economia nacional.

De acordo com a companhia área portuguesa, 92% dos turistas norte-americanos são repetentes, ou seja, voltam aos sítios mais do que uma vez. Em média, usufruem de uma estadia de sete noites e fazem duas a três visitas por anos. “[Destes], 83% visita um país e 11% duas cidades, o que é uma oportunidade para o Stopover”, explica a empresa. Cerca de 38% dos clientes compra a sua passagem diretamente à companhia e a decisão de compra tem uma antecedência de, em média, 50 a 60 dias. Cerca de 61% dos turistas ficam hospedados em hotéis.

Para promover o programa, a TAP tem já preparada uma campanha em que procura mostrar as mais-valias que este pode oferecer na área do turismo. Entre os embaixadores do Portugal Stopover estão nomes como Richard Zimmler, Tim Hogg, Paul Symington, David Leite, Steve Bootland ou Regina Duarte, entre outros. E entre os parceiros do Portugal Stopover — que quer “fazer do turista um porta-voz da marca Portugal — estão entidades como o Booking.com, El Corte Inglés, Turismo de Portugal, Real Companhia Velha, o Hard Rock Café e as Comissões Vitinículas de Lisboa e Setúbal, entre outros.

Artigo atualizado às 21h39, com informações relativas aos parceiros e aos benefícios oferecidos pelo Portugal Stopover, divulgados na apresentação do projeto