Os ataques mortais em Bagdad reforçam a vontade dos Estados Unidos de “acelerar” a ofensiva contra o grupo extremista Estado Islâmico no Iraque e na Síria, mas sem mudar a estratégia da coligação, disse esta quarta-feira Pentágono.

“Foi claramente um ataque devastador e uma lembrança dolorosa das capacidades mortais do Estado Islâmico”, disse o porta-voz do Pentágono, Peter Cook. “Mas isso não muda a estratégia, que é a de combater o grupo extremista no Iraque e na Síria a ritmo acelerado, de forma tão agressiva quanto possível, para tentar limitar a sua capacidade”, acrescentou.

Pelo menos 213 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas no domingo quando uma viatura explodiu numa zona comercial da capital iraquiana, um dos ataques mais mortais ocorridos no país.

O ataque, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, revoltou os iraquianos face à incapacidade do Governo para proteger os civis e implementar medidas de segurança eficazes.

Os Estados Unidos destacaram quatro mil soldados para o Iraque para treinar e aconselhar as tropas iraquianas, mas não estão diretamente envolvidos nos combates.

Os Estados Unidos e o general Sean McFarland, que controla as forças da coligação em Bagdad, “trabalham em estreita colaboração” com o Governo iraquiano depois dos ataques, mas não vão ser implementadas mais tropas norte-americanas no Iraque, disse o porta-voz do Pentágono.

“Apertar o cerco ao Estado Islâmico no Iraque vai comprometer a sua capacidade de realizar ataques, tanto em solo iraquiano, como no resto do mundo”, salientou Peter Cook.

Os ministros da Defesa dos Estados Unidos e dos restantes países da coligação internacional vão reunir-se este mês em Washington para fazer um balanço da situação militar.

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