Se pessoas do mesmo sexo podem casar, também se devem “autorizar outro tipo de matrimónios”. É este o argumento apresentado por Chris Sevier, um homem natural dos Estados Unidos, que está a processar o estado de Utah por não o deixar casar com o seu computador.

Sevier, um antigo advogado, já tinha processado o estado do Utah uma vez pelo mesmo motivo, mas desistiu do caso supostamente por não gostar do juiz. Agora, colocou novamente um processo.

De acordo com o jornal britânico Mirror, o homem, viciado em pornografia, argumenta que, a partir do momento em que os casais gay se podem casar, também ele pode casar com uma máquina.

O jornal regional do Utah Daily Herald explica que Sevier está disposto a levar o caso até ao Supremo Tribunal. É que o homem já se dirigiu ao tribunal do condado onde viveu, ao governador e ao procurador-geral do estado do Utah, numa queixa em que se apresenta como “maquinista” – supostamente, alguém que se sente sexualmente atraído por máquinas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mas o responsável pelo tribunal do Utah, Bryan Johnson, recusou o pedido. “Já nada me surpreende”, disse o secretário judicial ao Daily Herald. Há mais de nove anos no cargo, nunca alguém lhe tinha pedido uma licença para casar com um objeto inanimado.

“Estamos noivos e não vamos a lado nenhum”, disse Sevier ao jornal americano. Consumidor frequente de pornografia, o homem diz que ficou “condicionado para preferir sexo com um objeto inanimado”. “Como resultado, quero casar com um objeto inanimado que é neutro em termos de género”, conclui.

Não é a primeira vez que Chris Sevier processa estados e cidades. Noutro processo, Sevier acusa o estado do Utah de não o impedir de aceder a pornografia, o que o deixou viciado. No estado do Kentucky, o homem quer processar a secretária judicial, Kim Davis, por ter feito declarações homofóbicas. Também já processou os estados do Texas e Carolina do Sul. Chris Sevier já tinha sido acusado de perseguir o cantor John Rich, e um tribunal do estado de Nashville obrigou-o a parar os contactos. Caso contrário, enfrentaria pena de prisão.