O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse esta quarta-feira em Mafra que espera até ao final do ano reduzir de 1,2 milhões para 600 mil o número de cidadãos sem médico de família.

“Portugal vai ter este ano o maior avanço da sua história na cobertura de portugueses com médico de família. Até ao final do ano, iremos passar de uma taxa de 1,2 milhões de portugueses sem médico de família para apenas 600 mil”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.

Na área dos cuidados primários de saúde, o ministro da tutela sublinhou que é seu “objetivo chegar ao fim dos quatro anos de legislatura com um parque edificado de qualidade, onde os profissionais tenham condições de trabalho e onde os cidadãos tenham a sua Unidade de Saúde Familiar, com enfermeiro e médico de família, deixando os hospitais destinados aos cuidados agudos urgentes”.

Questionado sobre a notícia desta quarta do Correio da Manhã de que 350 idosos morreram devido ao calor, o ministro da Saúde esclareceu que, “do ponto de vista epidemiológico, não está provada a correlação entre o número de idosos que morreram e o calor”.

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“Não estamos perante uma onda de calor. Estamos com o calor normal do verão”, sublinhou.

Apesar de tudo, admitiu que há Portugal uma população envelhecida, que “não tem condições para ter ar condicionado nas suas casas”, recomendando que devem tomar cuidados que passam pela “hidratação, com ingestão de líquidos, pelo arrefecimento das casas e por um acompanhamento do seu estado de saúde”.

Adalberto Campos Fernandes falava em Mafra, durante a cerimónia de assinatura de dois contratos-programa que passam para o município os meios financeiros e a responsabilidade de construção de dois novos centros de saúde no concelho, um investimento superior a três milhões de euros.