O socialista Jorge Lacão é apanhado de surpresa pelo anúncio que a Comissão Europeia marcou para as 15h00, em cima do início do debate dobre o Estado da Nação no Parlamento, e evita especular sobre o assunto, mas não deixa de sublinhar: “Que não é uma coincidência feliz, não é”.

Às três em ponto, quando a Comissão estiver a comunicar a aplicação de sanções a Portugal, o primeiro-ministro estará a abrir o debate do Estado da Nação na Assembleia da República. António Costa sabe o que virá de Bruxelas, mas acaba por ser apanhado no púlpito parlamentar, frente à oposição e aos parceiros de coligação, quando se decide um dado incontornável para a governação. O vice-presidente da Assembleia da República diz esperar “que seja só uma coincidência”.

No Governo recusa-se qualquer leitura, pelo menos por agora, tal como no Bloco de Esquerda, onde Jorge Costa prefere concentrar a sua reação numa decisão de aplicação de sanções. “É a primeira vez que é ativado o procedimento contra um país . Um facto histórico na União Europeia e triste, por ser uma forma de punição política de um país que quer romper com a austeridade”.

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