Mais de 150 soldados foram mortos na sexta-feira à noite em confrontos entre o exército do Sudão do Sudão e antigos rebeldes na capital, Juba, afirmou este sábado um porta-voz dos ex-rebeldes.

“Há mais de 150 mortos”, disse Roman Nyarji, um porta-voz de Riek Machar, antigo líder dos rebeldes, que se tornou vice-presidente depois de um acordo de paz assinado há cerca de um ano.

O ressurgimento da violência em Juba ocorre numa altura em que o país completa cinco anos de independência após uma longa guerra com o Sudão. Metade do período de independência foi marcado por um novo conflito interno, alimentado pela rivalidade entre o presidente Salva Kiir e Riek Machar.

A guerra civil começou em dezembro de 2013 e fez dezenas de milhares de mortos. Em agosto passado, os dois principais protagonistas do conflito, Salva Kiir e Riek Machar, assinaram um acordo de paz e ficou definido o regresso de Machar, em abril, a Juba, para ocupar a vice-presidência e formar com Kiir um governo de união nacional.

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Os confrontos de sexta-feira começaram a ser ouvidos nas imediações do palácio presidencial, onde Kiir e Machar preparavam um comunicado conjunto sobre um primeiro incidente que ocorrera na véspera envolvendo soldados leais ao presidente e antigos rebeldes. Depois foram ouvidos disparos de armas automáticas e de artilharia pesada em diferentes locais da capital.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido aconselhou, entretanto, os britânicos a não viajarem para o Sudão do Sul devido à degradação das condições de segurança em Juba e recomendou a saída dos que se encontram nesse país.

“Houve alguns incidentes, incluindo tiros, e há combates em curso. O pessoal da embaixada britânica está limitado e reduzimos o pessoal ao essencial”, indicou o ministério no seu ‘site’.