Os Estados Unidos da América condenaram na segunda-feira a violência “indesculpável” na capital do Sudão do Sul, Juba, protagonizada por “quem coloca interesses pessoais acima do bem-estar do seu país e do seu povo”.

“Esta violência sem sentido e indesculpável – levada a cabo por quem, mais uma vez, coloca os interesses pessoais acima do bem-estar do seu país e do seu povo – coloca em risco tudo aquilo a que o povo sul-sudanês aspirou nos últimos cinco anos”, afirmou a conselheira da Administração norte-americana para a Segurança Nacional, Susan Rice, num comunicado.

Os EUA apoiaram a independência e têm sido um aliado do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, que se separou do Sudão em 2011.

Rice pede o “fim imediato da violência” e o regresso aos quartéis dos grupos armados que se enfrentaram nos últimos dias em Juba.

Os combates em Juba, que causaram mais de 300 mortos, foram entre ex-rebeldes, que apoiam o vice-presidente Riek Machar e forças governamentais, leais ao Presidente Salva Kiir. Após quatro dias de confrontos, Machar e Kiir ordenaram, na segunda-feira, um cessar-fogo às tropas que os apoiam.

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A ordem dos dois líderes seguiu-se a apelos das Nações Unidas para que acabassem com a violência.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu também “sanções seletivas” contra as partes responsáveis pelos confrontos.

Já o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se no domingo e instou Salva Kiir e Riek Machar a “fazerem todos os possíveis para controlar as respetivas forças, travarem urgentemente os combates e impedirem o alastramento da violência”.

As Nações Unidas pediram aos dois rivais para “se comprometerem genuinamente com a total e imediata implementação do acordo de paz, incluindo um cessar-fogo permanente”.

Os confrontos em Juba iniciaram-se um dia antes do Sudão do Sul cumprir o seu quinto aniversário e quando tentava recuperar de uma guerra civil, desencadeada em dezembro de 2013, que deixou a economia em ruínas e causou dezenas de milhares de mortos e mais de 2,3 milhões de deslocados.