O número de pessoas com dívidas no Brasil diminuiu em maio pela primeira vez desde dezembro de 2014 para 59,47 milhões, segundo um levantamento da empresa Serasa Experian divulgado esta quarta-feira.
O número, que representa uma espécie de lista negra das pessoas que têm alguma dívida, desde bancos a empresas de serviços, registou uma queda de 1,3 milhões sobre o universo recorde registado em abril (60,73 milhões).
Em maio, o total das dívidas em atraso atingiu os 264,2 mil milhões de reais (72,5 mil milhões de euros), num país com mais de 204 milhões de habitantes.
As regularizações dos débitos foram constatadas sobretudo entre os jovens de 18 a 25 anos, que ocupam o segundo lugar no ranking de brasileiros com dívidas, somando 9,3 milhões de pessoas, atrás dos consumidores de 41 a 50 anos.
Em nota, os economistas da Serasa Experian observaram que houve um movimento de procura por linhas de crédito e também de recurso a poupanças.
Com base em dados do Banco Central, os economistas informaram que as retiradas da poupança superaram os depósitos em 42,6 mil milhões de reais (11,69 mil milhões de euros) no primeiro semestre do ano.
Uma fonte da Serasa Experian explicou à agência Lusa que a recessão brasileira e o desemprego têm sido as principais razões apresentadas pelos brasileiros com contas em atraso.
Antes da crise, a principal razão para o incumprimento era o descontrolo financeiro.
