Pedro Sánchez, líder do espanhol PSOE, confirmou esta quarta-feira o que já tinha dito antes: “Ao dia de hoje”, os seus 85 deputados vão votar contra a investidura de Mariano Rajoy. Sánchez não explicou, contudo, se estará disposto a formar um governo alternativo, caso o de Rajoy fracasse, explica o El País.

“A democracia tem os seus tempos, e agora é o de Rajoy”, disse Pedro Sánchez, acrescentando que o PSOE “estará na solução” para “desbloquear” a atual situação política em Espanha, mas sem explicar como o fará. A reunião de 80 minutos entre os dois líderes confirmou aquilo que já se previa: o PSOE não está disposto a facilitar a vida de Rajoy.

A democracia tem os seus tempos, tem os seus prazos. Peço aos cidadãos que tenham confiança no sistema, no Parlamento”, afirmou.

O líder do PP entregou a Sánchez um documento com as cinco medidas que tem previstas para estimular o emprego, reforma fiscal, educação, assuntos sociais e institucionais, de uma forma mais desenvolvida. Contudo, de nada serviu, porque o PSOE parece não ter a menor intenção de negociar medidas com o governo.

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“O senhor Rajoy não pode contar com o PSOE para formar um Governo de grande coligação e pactuar com um programa de legislatura”, afirmou Pedro Sánchez, assegurando que o PSOE vai fazer o mesmo que o PP fez no passado, tendo votado contra a investidura de Sánchez.

Confrontado pelos jornalistas sobre o que faria caso Rajoy conseguisse o apoio do Ciudadanos e da Coalición Canaria, perfazendo um total de 170 deputados (neste caso faltariam apenas seis para a maioria absoluta), Sánchez respondeu que “até chegar aos 176 deputados, Rajoy tem um caminho para percorrer. E nesse caminho não estará o PSOE”.

O El País dá conta que de Sánchez poderá vir a apresentar a sua própria investidura, mas isso será motivo para abrir uma divisão profunda no PSOE.