O festival de San Fermín, conhecido pelas corridas de touros, tem sido marcado este ano por violações e tentativas de abuso sexual. Durante a festa deste ano já foram comunicadas à polícia quatro violações, uma tentativa de violação e dez outros casos de abusos sexuais, segundo a imprensa espanhola.
Desde o início do festival, a 6 de julho, já foram presas quinze pessoas por ataques de natureza sexual, entre elas um agente da Guarda Civil acusado de ter participado numa violação coletiva de uma rapariga de 19 anos, no primeiro dia do festival.
As últimas três detenções relacionadas com abusos sexuais foram feitas pela Polícia Municipal, informa o El País. Num comunicado, as autoridades afirmaram que os detidos tinham incorrido em condutas que iam contra o Código Penal e que atentam contra a “intimidade sexual das pessoas”, mesmo em casos em que não tenha sido usado violência.
Desde o início do festival já se realizaram duas manifestações em Pamplona contra os abusos sexuais que se verificam no festival.
Na sexta-feira, dia 8 de junho, milhares de pessoas reuniram-se em Pamplona para mostrarem o seu desagrado para com as agressões sexuais ocorridas durante o festival. Esta segunda-feira, ativistas pelos direitos das mulheres e outros manifestantes reuniram-se na Plaza del Castillo para se manifestarem contra os ataques sexuais.
O presidente da câmara, Aritz Romeo, afirmou ao El País: “Não acho que o que está a acontecer em Pamplona seja diferente daquilo que acontece noutras cidades durante festivais, a única diferença é que nós abrimos os canais de comunicação”. O presidente da câmara reforçou que existem 3.400 agentes prontos a “apanhar os atacantes”.
Romeo pediu, ainda, que se continuem a reportar os ataques e encorajou aos cidadãos a manterem um papel “ativo” na denúncia destes casos.
Milhares de manifestantes em Pamplona a protestarem contra as agressões sexuais que se verificam em Pamplona durante o festival de San Férmin. (MIGUEL RIOPA/AFP/Getty Images)
