Da fábrica de motores da Opel em Kaiserslautern sai o motor turbodiesel de 2,0 litros que a maioria conhece de automóveis como o Insignia, o Zafira ou o Cascada. O que poucos, porventura, julgariam provável é que a Opel desenvolvesse uma variante deste quatro cilindros a gasóleo destinada a uma utilização náutica. Mas foi justamente isso que a marca alemã decidiu fazer. Na sua aplicação no sector náutico, enquanto motor fora-de-bordo, esta unidade motriz passa a adoptar a designação OXE Diesel, oferecendo uma potência de 200 cv às 4.100 rpm, e um binário máximo de 400 Nm às 2.500 rpm. Entre os trunfos deste motor, a Opel destaca a fiabilidade e a reduzida manutenção, requerendo inspecções apenas a cada 200 horas de trabalho, e uma revisão profunda ao fim de 2.000 horas de funcionamento.

Opel-OXE-Outboard-Engine-302196 Atributo do OXE Diesel é, ainda, o consumo, que ronda os 43 litros/hora, ou seja, menos 42% do que gastaria, em média, um motor fora-de-bordo a dois tempos a gasolina de potência equivalente (73 litros/hora). O baixo ruído de funcionamento e o facto de o gasóleo ser menos inflamável que a gasolina serão outras das vantagens deste propulsor, tanto mais que existem já vários portos que proíbem a entrada de barcos com motores fora-de-bordo a gasolina, devido ao potencial risco de incêndio.

A Cimco Marine AB foi uma das empresas que efectuou, durante três anos, testes a vários motores diesel de veículos de passageiros até escolher o da Opel para emparelhar com o seu sistema de transmissão patenteado, devendo-se a decisão, principalmente, à robustez. A empresa sueca procedeu a algumas adaptações do bloco para utilização em condições difíceis no mar, nomeadamente através da introdução de um sistema de lubrificação por cárter seco, e de um sistema de arrefecimento em circuito fechado. E isto depois de a Opel já ter introduzido uma gestão electrónica completamente recalibrada.

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