Responsável máximo pelo desenvolvimento do projecto que deu origem ao novo superdesportivo da Honda, o NSX, Ted Klaus é o primeiro a defender que o novo carro deve ser encarado mais como uma plataforma de trabalho do que propriamente como um simples modelo. Em declarações à “Autocar”, o norte-americano assume que a versão já conhecida do NSX, que tem na base um sistema de propulsão híbrido, composto por um motorV6 3,5 litros a gasolina Twin Turbo e três motores eléctricos, garantia de uma potência total de 580 cv, é apenas a primeira etapa de um produto que pode resultar em muito mais do que isso. E que tanto pode adoptar outras soluções de propulsão, como novas configurações de carroçaria. “Este é um carro especial, com tecnologia totalmente nova, ainda em desenvolvimento, na qual poderemos ser líderes e que nos pode inclusivamente ajudar a definir o rumo que queremos tomar enquanto marca”, afirma Ted Klaus.

Depois de a Honda ter dado a conhecer, na última edição de Pikes Peak, além de uma variante exclusivamente eléctrica, uma versão de competição do novo NSX, este responsável assume que o protótipo apresentado “dá uma ideia geral da direcção” que a marca nipónica pretende seguir. Já sobre uma versão completamente eléctrica, Klaus reconhece que “ainda há algumas questões técnicas a resolver, mas foi exactamente com esse intuito” que a Honda fez alinhar um carro.

A possibilidade de o NSX vir a ter, em exclusivo, um motor de combustão e ainda mais potente, é também encarada sem problemas por Ted Klaus, o que poderá prenunciar uma futura e mais radical versão Type R.

Quanto à hipótese de o modelo poder vir a contar com uma versão cabriolet, o norte-americano é ainda mais descontraído. “Podemos sonhar com a possibilidade de o NSX vir a perder, um dia, o capot”, declara.

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