A defesa de José Sócrates considerou hoje que o surgimento de novas suspeitas do Ministério Público na Operação Marquês tornou-se “recorrente à medida que as `velhas´ vão falindo” e os prazos para encerrar o inquérito são “sucessivamente violados”.

Esta posição dos advogados José Araújo e Pedro Delille surge após o Ministério Público (MP) ter dirigido na quarta-feira buscas a sociedades do grupo PT, residências de antigos gestores daquela empresa e a um escritório de advogados no âmbito da Operação Marquês, em busca de “eventuais ligações entre circuitos financeiros investigados neste inquérito e os grupos PT e Espírito Santo”.

“Há muito que se percebeu a tática do Ministério Público — novas suspeitas para justificarem novos adiamentos”, refere a defesa do antigo primeiro-ministro socialista, em comunicado.

Reagindo à nova linha de investigação do MP, os advogados sublinham que as velhas e as novas suspeitas têm “em comum” a “ausência de factos concretos, suscetíveis de contradição e de prova, o registo especulativo e o método da sua divulgação”.

“O MP nunca confrontou, como era seu dever legal, o engenheiro José Sócrates com as ditas suspeitas e com factos que lhes dessem substância — limitou-se a atirá-las para o espaço público através dos jornais. Não são suspeitas, são insultos, não é um processo, é uma perseguição”, criticam, lembrando que, depois da “lenda do Grupo Lena e da lamentável invenção de Vale de Lobo”, surge agora a Portugal Telecom e negócios dela, nomeadamente na OPA da Sonae e na compra da participação na Oi, no Brasil.

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