O Partido Republicano norte-americano reúne-se a partir desta segunda-feira na convenção em que o milionário Donald Trump espera confirmar a nomeação como candidato às eleições presidenciais de novembro.

Trump, que é o único dos candidatos primários que continua na corrida para a nomeação chega a Cleveland com uma bagagem de declarações polémicas no que toca à imigração, política externa e controlo da venda de armas.

A construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes, banir os muçulmanos do país e o apoio à posse de armas apesar dos regulares massacres nos Estados Unidos são algumas das posições de Trump que têm motivado mais críticas.

A convenção democrata, que deverá confirmar Hillary Clinton, acontece na semana seguinte em Filadélfia, na Pensilvânia.

Donald Trump deverá ser recebido no primeiro dia da convenção do “Grand Old Party” por mais de seis mil manifestantes contra a sua candidatura, enquanto os apoiantes do democrata Sanders, que já declarou o apoio a Clinton, submeteram pelo menos cinco pedidos de autorização de protestos junto da administração da cidade.

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Dentro do seu partido, a nomeação também não é pacífica e várias figuras do aparelho republicano, como o líder da câmara baixa do Congresso, Paul Ryan, afirmaram que os delegados à convenção devem ter liberdade de voto.

Trump garantiu que não precisa de apoio partidário para vencer a corrida à Casa Branca e que qualquer plano para o afastar é ilegal.

Para garantir a nomeação são precisos pelo menos 1.237 dos 2.472 delegados republicanos. Trump conseguiu ultrapassar a fasquia dos delegados necessários em maio.

A convenção decorre entre segunda-feira e quinta-feira em Cleveland, no estado do Ohio, e deverá acolher 50 mil participantes, entre 35 mil delegados e 15 mil jornalistas.