usa) – A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) vai passar a dispor, a partir de outubro, de 16 médicos novos especialistas para responder às necessidades das unidades que congrega, revelou a administração.

“Estimamos que durante o mês de outubro os 16 médicos especialistas estejam colocados na ULSAM que, atualmente, está carente de alguns especialistas. A ULSAM responde às necessidades de uma área geográfica extensa e serve cerca de 250 mil habitantes”, afirmou à agência Lusa o presidente do conselho de administração da ULSAM, Frankelin Ramos.

A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença e serve uma população residente superior a 250 mil pessoas.

Segundo aquele responsável aqueles profissionais de saúde vão preencher “áreas fundamentais”, onde a ULSAM “tem poucos especialistas”.

“Com a colocação destes médicos a ULSAM fica numa situação muito boa tendo em conta a realidade do país e tendo em conta que o distrito de Viana do Castelo apesar se ser uma região do litoral tem características de interior e não é fácil captar profissionais para aqui”, sustentou Frankelin Ramos.

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De acordo com o presidente do conselho de administração da ULSAM os médicos vão preencher vagas nas especialidades de anestesiologia, cardiologia, gastroenterologia, ginecologia / obstetrícia, medicina física e de reabilitação, medicina interna, oftalmologia, oncologia, ortopedia, pediatria médica, pedopsiquiatria, pneumologia, urologia, imuno-hemoterapia e neurologia.

O responsável adiantou que a contratação dos novos profissionais surge na sequência da abertura, pelo Ministério da Saúde, de um concurso publicado em Diário da República, no passado dia 11.

Frankelin Ramos salientou que as vagas agora atribuídas “decorreram das necessidades identificadas pela ULSAM e que mereceram a concordância da Administração Regional de Saúde do Norte e Ministério da Saúde, nada tendo a ver com a autarquia”.

Em junho passado o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, José Maria Costa afirmou que os hospitais da região estão a trabalhar numa situação “limite”.

“Começa a ser algo insustentável porque, no fundo, são os cuidados de saúde que estão em causa, apesar do extraordinário trabalho que tem sido desenvolvido pelas equipas médicas e de enfermagem. Temos vindo a ser prejudicados ao longo dos anos, não modernizando equipamentos e não tendo recursos humanos o que coloca esta área de intervenção no limite”, afirmou na altura à Lusa José Maria Costa.

Na ocasião o socialista que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo defendeu a necessidade de reavaliação do modelo de financiamento da ULSAM.

Já no início de julho, e após uma reunião realizada em Lisboa com o ministro da Saúde, o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho anunciou que o governante vai deslocar-se, em agosto, ao distrito de Viana do Castelo para conhecer ‘in loco’ os “problemas” dos hospitais da região.