As negociações com as autoridades europeias sobre o processo de capitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) estão a correr bem e a solução desenhada vai ser em breve implementada, assegurou o Ministério das Finanças.

“Neste momento o Governo faz nota da evolução muito positiva nas negociações com as autoridades europeias no sentido da concretização, a curto prazo, daquela que será a solução e o garante da estabilidade que uma instituição como a CGD exige”, lê-se num comunicado emitido pelo ministério tutelado por Mário Centeno.

Segundo o documento, “a transição em curso na CGD deve ser conduzida dentro do quadro institucional vigente e com o envolvimento ativo de todas as partes envolvidas, dentro e fora da CGD, para preservação da estabilidade da Caixa”.

De resto, o executivo socialista vincou que “o processo de capitalização da Caixa Geral de Depósitos e o reforço da credibilidade desta instituição e do setor bancário foram compromissos assumidos como uma prioridade, desde que o Governo tomou posse”.

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E realçou: “Desde finais do ano passado que o Governo está a acompanhar a situação da CGD e a ouvir todos os intervenientes. Atento às recomendações dos reguladores, nacionais e internacionais, encontra-se a trabalhar com as instituições europeias no sentido de adotar a melhor solução para a CGD e para o sistema bancário nacional”.

No âmbito deste processo, “o Governo dialoga diariamente acerca do plano de capitalização com as autoridades europeias”, realçaram as Finanças, assinalando que “a mudança de Conselho de Administração da CGD deve ser entendida como um processo normal na vida da instituição”.

O Governo de António Costa indicou ainda que está “a trabalhar no novo projeto para a instituição com o novo Conselho a nomear e identificou a necessidade de uma auditoria externa para a avaliação dos ativos e necessidades de capital” do banco estatal.

“As cartas que têm vindo a público correspondem a momentos específicos das negociações, tanto com a atual administração, como com as instituições europeias e refletem o processo de supervisão em curso já há bastantes meses. Numa fase de negociações constantes como a que tem ocorrido, esta troca de informação não retrata o enquadramento de todo o processo e reproduz recomendações que o atual governo tem ponderado e corrigido ao longo do tempo”, salientaram as Finanças.