Uma mulher e as três filhas foram esfaqueadas, esta terça-feira, numa estância turística francesa em Lagrand, na região dos Alpes, noticia o jornal britânico The Telegraph. O atacante, um homem de origem marroquina, foi detido pela polícia para interrogatório. A perícia psiquiátrica não detetou “qualquer transtorno psiquiátrico em particular”, refere o jornal francês Sud Ouest.

O homem de 37 anos, que estava na mesma estância de férias com a mulher grávida e os dois filhos, atacou as três crianças enquanto tomavam o pequeno-almoço no terraço e depois entrou dentro do alojamento e esfaqueou a mãe no peito, deixando-a em estado grave. O marroquino, era conhecido da polícia por pequenos delitos – tendo o último sido registado em 1999 –, mas não havia qualquer informação sobre o homem nos serviços de informação, refere o jornal francês Le Fígaro.

A mulher de 46 anos e as filhas de 14 e 12 anos sofreram ferimentos graves e estão a receber tratamento no hospital de Gap, próximo do local do incidente. A filha mais nova, de oito anos, corre risco de vida. Deu entrada no hospital de Grenoble com um pulmão perfurado.

Os primeiros relatos do ataque referiam que o homem teria gritado que a mulher e as filhas estavam “pouco vestidas” e que esse seria o motivo do ataque, mas o promotor de justiça local negou esta informação dizendo que são apenas boatos, refere The Telegraph. O canal francês TF1 acrescenta que o homem não teria qualquer motivação religiosa, mas que não teria gostado de ver as raparigas de calções. A investigação da polícia em casa do homem não encontrou nenhum motivo para o ataque.

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O presidente da câmara de Garde-Colombe, Edmond Francou, disse que o incidente se tratou de uma disputa entre hóspedes vizinhos na mesma estância de férias e que a família do homem terá dito que este tinha “problemas mentais”, refere o site francês The Local. Segundo o site francês Le Dauphiné Libéré, o homem ter-se-á sentido mal durante a noite e foi assistido pela família que depois atacou. O jornal Sud Ouest refere mesmo que as duas famílias têm convivido deste que se encontram na estância de férias.

Um médico e quatro psicólogos encontram-se no local para prestar apoio psicológico aos restantes 180 hóspedes.

Correção: o último delito registado data de 1999. Atualizado: dia 20 de julho, às 14h15