O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse esta quarta-feira que Portugal precisa de ter mais estudantes e estudar mais, e que o acesso ao conhecimento passa por massificar o ensino superior.

“O que temos é de ter mais estudantes, Portugal precisa de facto de estudar mais, os portugueses têm de aprender, aprender é um esforço e é um esforço que só se faz com mais ciência”, disse Manuel Heitor, aos jornalistas, no mercado municipal da Figueira da Foz, à margem do arranque da edição 2016 do projeto Ciência Viva no Verão, que comemora 20 anos.

Questionado sobre o número de vagas em universidades e politécnicos públicos — 50.688 este ano, para a primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, um ligeiro aumento face a 2015 e o primeiro aumento em quatro anos de quebras sucessivas na oferta — o ministro afirmou que é uma demonstração da “necessidade e a atenção” que o Governo está a dar “às várias formas de ensino superior, politécnico e universitário, que, em colaboração com os centros de investigação e ações de cultura cientifica formam hoje um sistema diversificado”.

“O acesso ao conhecimento hoje passa por massificar o ensino superior e é algo que temos de reconhecer, temos um conjunto de instituições muito valorizadas e integradas no território, que urge desenvolver e promover”, frisou.

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“Como tenho vindo a dizer, nós não temos instituições a mais, temos estudantes a menos e, por isso, temos de promover o ensino superior, nos centros urbanos, fora dos centros urbanos, é esse um dos desígnios de Portugal”, adiantou o governante.

De acordo com dados disponibilizados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), para o concurso que arranca na quinta-feira, dia 21, há mais 133 vagas do que as 50.555 disponibilizadas no ano anterior, o que se traduz num aumento ligeiro, distribuído entre várias instituições, mas que contraria uma tendência de queda do número de vagas iniciada em 2012.

Há 28.310 vagas (55,9%) no ensino universitário e 22.378 vagas (44,1%) no ensino politécnico, uma distribuição que mantém a proporção dos últimos anos.

Às vagas do concurso nacional de acesso acrescem 660 vagas para concursos locais, organizados pelas próprias instituições, destinados a colocar candidatos nos cursos superiores artísticos, como música, teatro, dança e cinema.