A Interpol juntou-se à aliança internacional que luta contra o “fluxo de combatentes terroristas estrangeiros e o financiamento do [grupo terrorista] Estado Islâmico” (EI), anunciou esta sexta-feira a organização internacional de polícia criminal.

“Trocar informação com a Interpol significa estender o perímetro de toda a segurança nacional”, disse num comunicado o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, instituição que vai atuar como catalisador de um esforço conjunto “para contrariar o terrorismo”.

Stock, que assistiu à reunião ministerial da luta contra o EI celebrada ontem em Washington, lembrou que, graças à colaboração já existente entre a Interpol e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, conseguiram “pistas de investigação de valor incalculável”.

Responder a este trabalho conjunto, segundo o secretário-geral, “melhoraria drasticamente o êxito das investigações” já que os esforços de aplicação da legislação param às portas das zonas de conflito “com demasiada frequência”.

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Por isso, indicou como passo essencial “construir uma ponte” entre a zona de conflito, onde se encontra o núcleo do EI, e outros lugares sujeitos à aplicação das suas legislações, onde a organização radicaliza e golpeia.

Atualmente, a Interpol põe à disposição dos seus membros uma base de dados com informação sobre mais de 7.500 combatentes terroristas estrangeiros fornecidos por cerca de 60 países. Isso sem contar com os milhares de arquivos adicionais que a organização utiliza com fins analíticos para proporcionar pistas à polícia em todo o mundo.

Criada em setembro de 2014, esta coligação internacional conta com 66 sócios e cinco linhas de ação, três delas agora apoiadas pela Interpol: “bloquear o fluxo de combatentes estrangeiros, parar o financiamento ao EI e expor a sua verdadeira natureza”.