A aldeia olímpica do Rio de Janeiro abriu neste domingo as portas e a delegação australiana já denunciou “vários problemas, como gás, eletricidade e canalização”, recusando-se a ocupar os seus alojamentos. “Devíamos ter ido para a aldeia a 21 de julho [na quinta-feira] mas temos ficado em hotéis nas redondezas, porque a aldeia, simplesmente, não está segura ou pronta”, frisou a Chefe de Missão australiana.

Kitty Chiller justificou a decisão em comunicado, descrevendo a existência de “casas de banho trancadas”, de “canos rotos” ou “água a escorrer do teto e a empoçar”. A responsável australiana prosseguiu com queixas, tais como sujidade, mas também “água a escorrer pelas paredes, curto-circuitos elétricos e um forte odor a gás”, acrescentando que as delegações britânica e neozelandesa, entre outras, tiveram os mesmos problemas.

A presidente da aldeia olímpica, a antiga basquetebolista brasileira Janeth, admitiu que as instalações não estão a 100%, mas confia que tudo esteja “resolvido” nos próximos dias. “As reclamações são normais, nos primeiros dias em que chegas encontras sempre problemas. Isso acontece em todas as grandes obras, até as que fazemos em casa”, afirmou a medalha de prata em Atlanta96 e bronze em Sydney2000. Após estas denúncias, o comité organizador contratou 500 pessoas para resolver rapidamente estes problemas.

A menos de duas semanas da cerimónia de abertura, marcada para 05 de agosto, no Estádio do Maracanã, as instalações da aldeia olímpica devem começar a receber gradualmente mais de 10.000 atletas de um total de 207 delegações, entre as quais a inédita de refugiados. No total, são esperadas 18.000 pessoas na aldeia, apoiadas por cerca de 13.000 funcionários e voluntários.

Também hoje, as forças armadas brasileiras iniciaram o patrulhamento das ruas do Rio de Janeiro, a fim de reforçar a segurança para os Jogos, que vão decorrer entre 5 e 21 de agosto.

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