Globalmente, no primeiro trimestre do ano, o valor aduaneiro das importações angolanas cifrou-se em 494 mil milhões de kwanzas (2,7 mil milhões de euros), uma quebra de 41 por cento face ao mesmo período de 2015.

As empresas norte-americanas exportaram para Angola, neste período, bens e serviços no valor de 80,9 mil milhões de kwanzas (442 milhões de euros), um aumento de 62%.

Este crescimento foi suficiente para o fornecimento do mercado norte-americano chegar ao primeiro lugar da lista, mas será conjuntural, resultando da aquisição de turborreatores, turbopropulsores e outras turbinas a gás pela empresa pública de produção de eletricidade Prodel.

A crise financeira, económica e cambial em Angola, decorrente da quebra nas receitas com a exportação de petróleo, provocou um forte corte nas importações angolanas, com a generalidade dos países a apresentaram quebras nestes negócios.

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É o caso da China, que fechou o ano de 2015 como principal fornecedor angolano, que viu o valor total das exportações descer 47%, no primeiro trimestre deste ano, para 69,7 mil milhões de kwanzas (381 milhões de euros).

No terceiro lugar das importações por Angola está agora Portugal, que até 2014 liderava esta tabela, tendo garantido entre janeiro e março últimos menos 19% do volume do ano anterior, descendo para 66,2 mil milhões de kwanzas (362 milhões de euros).

O relatório do Ministério das Finanças refere ainda que no primeiro trimestre as exportações globais angolanas foram, em valor, de 457 mil milhões de kwanzas (2,5 mil milhões de euros), uma redução de 51% face ao ano de 2015.

Deste total, o setor petrolífero garantiu 385,4 mil milhões de kwanzas (2,1 mil milhões de euros) e a exportação de diamantes 30,5 mil milhões de kwanzas (166,8 milhões de euros).

A China continua a liderar entre os destinos das exportações angolanas, essencialmente petróleo bruto, com 192 mil milhões de kwanzas (1.050 milhões de euros) no primeiro trimestre, o que representa uma quebra homóloga de 50%, em termos de valor.

Seguem-se as exportações para os Estados Unidos, que desceram 49%, para os 75,2 mil milhões de kwanzas (411 milhões de euros), e os Emirados Árabes Unidos, que aumentaram as compras a Angola em 61%, para 27,1 mil milhões de kwanzas (148,2 milhões de euros).

Portugal desceu para oitavo lugar nas compras a Angola, tendo feito negócios no valor de 16,1 mil milhões de kwanzas (88 milhões de euros) no primeiro trimestre, uma descida de 54%.

De acordo com estes dados, o saldo da balança comercial angolana foi negativo em 37 mil milhões de kwanzas (mais de 200 milhões de euros).