O bombista que se fez explodir perto de um festival de música em Ansbach (sul) no domingo, causando 15 feridos, chamava-se Mohyammed Daleel, era natural de Alepo, uma das cidades mais afetadas pela guerra na Síria, de acordo com atas que tiveram acesso alguns meios de comunicação locais.

Segundo relatou às autoridades alemãs aquando do pedido de asilo, um míssil atingiu a sua casa, tendo ficado ferido, pelo que resolveu sair do país para a Turquia. Depois, como falhou a tentativa de chegar à Europa, voltou à Síria, onde revelou ter pedido asilo, mas acabou por ser detido, várias vezes, tanto pelas forças do regime do Presidente Bachar Al Asad, como por militantes da Al- Qaida.

O Estado Islâmico revelou entretanto um vídeo do suposto bombista suicida esta terça-feira com um discurso prévio sobre o ataque, o que levou as autoridades alemãs a reforçar a investigação aos laços do atacante ao grupo islâmico que já tinha reivindicado o ataque.

A principal questão é a de saber até que ponto a sucessão recente de atentados na Alemanha, e também na França, resulta de atos dos chamados lobos solitários, sem a preparação do Daesh, ou se existem, como nos primeiros atentados terroristas em França e na Bélgica, ligações efetivas com deslocações e treinos em territórios ocupados pelo movimento radical islâmico.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O sírio, de 27 anos, morto na explosão da bomba que transportava, tinha requerido asilo à Alemanha, onde vivia, mas o pedido foi rejeitado há um ano. De acordo com as autoridades locais, o objetivo era cometer um atentado suicida.

Na segunda-feira, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) afirmou que o autor do atentado suicida perpetrado no domingo, no sul da Alemanha, era “um dos seus soldados”, indicou a agência Amaq, órgão de propaganda daquele movimento radical.

Antes deste anúncio do EI, o ministro do Interior do governo regional da Baviera afirmou que o autor do atentado, tinha “jurado fidelidade” num vídeo encontrado no telemóvel do bombista suicida.