As garrafas de cerveja de 330 mililitros passarão a ser reutilizadas em Moçambique, uma estratégia para reduzir as importações de vidro na ordem de 268 milhões de meticais (3,6 milhões de euros), anunciou esta quarta-feira a Cervejas de Moçambique.

“Esta é uma forma diminuir o custo da importação de vidro e um passo importante para controlar o custo de produção”, afirmou o diretor-geral da Cervejas de Moçambique (CDM), Pedro Cruz, falando durante uma conferência de imprensa em Maputo de apresentação da nova estratégia da empresa no contexto de crise económica que o país atravessa.

Além de diminuir o custo da importação de vidro, prosseguiu Pedro Cruz, a estratégia terá um impacto positivo para o meio ambiente, na medida em que o projeto prevê uma redução de 11.424 toneladas do lixo provocado pelas garrafas.

Pedro Cruz disse que a estratégia, intitulada “devolver”, visa responder às exigências da difícil conjuntura económica que o país atravessa, marcada por uma depreciação vertiginosa do metical face ao dólar, aumento da inflação, arrefecimento do crescimento económico e redução do investimento e da ajuda externa.

“Queremos evitar a subida do preço da cerveja”, declarou, observando que, face aos atuais problemas económicos do país, pela primeira vez, a empresa está registar uma redução no número de vendas comparado com o ano anterior.

Apesar de não substituir a garrafa descartável, que custa 45 meticais (0,6 euros), o novo recipiente de 330 mililitros passará a custar 35 meticais (0, 4 euros).

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