John W. Hinckley Jr. vai ser libertado do hospital psiquiátrico onde está a cumprir pena, 35 anos depois de ter sido condenado pela tentativa de assassinato, a 30 de março de 1981, de Ronald Reagan, então presidente dos EUA.

A decisão foi tomada esta quarta-feira pelo juiz federal, Paul L. Friedman, que considera que o homem atualmente com 61 anos já não é considerado “um perigo para si próprio ou para os outros”.

John W. Hinckley Jr. vai viver com a mãe a tempo inteiro a partir do próximo dia 5 de agosto, na cidade de Williamsburg, no estado da Virgínia, noticia o Washington Post. A decisão do juiz refere também que Hinckley continuará a receber tratamento e será monitorizado pelas autoridades. As medidas restritivas continuarão a ser aplicadas durante um período compreendido entre 12 a 18 meses, que incluem a limitação os seus movimentos a um raio de 80 quilómetros do local de residência, exigem que forneça informação acerca dos telemóveis e veículos que venha a utilizar e o impede de aceder a redes sociais, de fazer upload de qualquer tipo de conteúdo para a internet ou a apagar o histórico da sua navegação na rede.

John W. Hinckley Jr. só deixará de estar sob tutela da justiça norte-americana se cumprir com todas as medidas e não violar os termos da sua libertação. Se tal vier a acontecer, será a primeira vez que voltará a desfrutar de total liberdade depois do crime que cometeu quando tinha apenas 25 anos.

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Hinckley tentou assassinar Ronald Reagan a tiro, mas o presidente apenas ficou ferido sem gravidade. No ataque, James Brady, secretário de imprensa, Tim McCarthy, agente dos serviços secretos e Thomas Delahanty, agente da polícia, também foram atingidos pelas seis balas que disparou de uma pistola calibre .22. Todos sobreviveram, mas James Brady ficou paralisado como resultado de uma das balas que o atingiu na cabeça.

O julgamento de Hinckley decorreu durante oito semanas e em junho de 1982 foi absolvido de todas os 13 crimes de que era acusado. John W. Hinckley Jr. cometeu os crimes com o objetivo de impressionar a atriz Jodie Foster e foi declarado inimputável por motivos de doença mental.

Hinckley cumpriu pena no hospital psiquiátrico de St. Elizabeths, em Washington. O seu processo de libertação teve início há mais de uma década, a 17 de dezembro de 2003, dia a partir do qual lhe começaram a ser permitidas saídas precárias para visitar a família, residente na área de Washington.