Pelo menos 44 pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram esta quarta-feira num atentado na cidade de Qamishli, no norte da Síria. De acordo com a CNN, foi um camião que explodiu junto a edifícios governamentais daquela cidade controlada pelos curdos.

A agência de notícias árabe da Síria avança que pelo menos 140 pessoas ficaram feridas. A explosão causou ainda danos estruturais em edifícios de habitação e também em várias infraestruturas do local.

A mesma agência escreve que, dada a gravidade dos ferimentos de muitos dos atingidos, é provável que o número de mortos aumente.

O Estado Islâmico já reivindicou o atentado através da sua agência de propaganda, a Amaq. Nesse comunicado, referido pela CNN, é dito que um “camião equipado com explosivos detonou no quartel militar curdo, matando mais de 100 e ferindo dezenas”. Este número, avançado pelo Estado Islâmico, é muito superior ao número avançado pelos media locais.

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O Observatório Sírio para os Direitos Humanos acrescentou que, “uma segunda explosão ocorreu num armazém de combustível”, o qual alimentava um gerador elétrico que proporcionava corrente ao lugar onde se registou o atentado.

A organização explicou que o atentado teve como objetivo atingir dois edifícios governamentais (da Defesa e da Justiça) e foi executado pela autoproclamada Administração Autónoma curdo-síria, no distrito ocidental da cidade.

As forças de segurança ‘Asayish’ confirmaram, em comunicado, “a explosão de um camião-bomba no bairro a oeste de Qamishli, pelas 09h23” (07h23 hora local) e anunciou um grande número de feridos, bem como vários destroços causados numa área residencial.

A cidade de Qamishli, localizada no norte da província de Al Hasaka, é a ‘capital de facto’ da zona de administração autónoma curdo-síria e a que compreende as regiões de Afrin, Kobani, Al Yazira e Tel Abiad.

A Síria é desde há mais de cinco anos um cenário de conflito que causou a morte a mais de 280 mil pessoas, de acordo com os valores obtidos pelo SOHR.