O Tribunal Regional de Bissau (TRB) mandou prender esta quinta-feira o deputado Gabriel Sow sem que lhe tenha sido levantada a imunidade parlamentar, disse à Lusa o vice-líder da bancada do seu partido no Parlamento, João Seidibá Sani.

“É uma violação flagrante da Constituição, do regimento (do Parlamento) e do estatuto de deputado. O Parlamento não pode tolerar isso”, defendeu Seidibá Sani, informando que os contornos da detenção do deputado “ainda são escassos”.

“Só sabemos que ele foi detido esta manhã, a mando do Tribunal de Bissau, onde se encontra neste momento”, declarou o vice-líder da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Gabriel Sow, além de deputado é um conhecido empresário guineense, que em tempos foi julgado e condenado no âmbito de um processo numa sociedade que, entretanto, foi à falência, mas nunca cumpriu a pena de prisão de oito anos a que foi condenado.

“O Parlamento estava a tratar das tramitações para o levantamento da sua imunidade, mas devido a esta crise política persistente nunca tivemos tempo para tratar desse assunto, portanto não podia ser detido sem que lhe seja retirada a imunidade”, notou Seidibá Sani.

De acordo com este deputado, o presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, já está a tomar as diligências necessárias com vista a solicitar a libertação de Gabriel Sow.

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