A balança comercial brasileira acumulou um excedente (exportações maiores do que importações) de 28,23 mil milhões de dólares (25,27 mil milhões de euros) de janeiro a julho, o maior valor desde 1989, segundo dados divulgados esta segunda-feira.

Antes, o recorde do excedente brasileiro para os primeiros sete meses do ano era o de 2006, no valor de 25,19 mil milhões de dólares (22,55 mil milhões de euros).

Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no mês de julho, a balança também ficou positiva em 4,578 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros), um resultado que supera em 91,9% o saldo positivo do mês homólogo de 2015.

O saldo positivo de julho resultou de 16,331 mil milhões de dólares (14,62 mil milhões de euros) em exportações e 11,752 mil milhões de dólares (10,5 mil milhões de euros) em importações.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Dados da tutela mostram que as exportações ainda estão a diminuir, na comparação com 2015, e que as importações recuam a um ritmo mais acelerado.

Apesar do crescimento do excedente, as vendas do Brasil ao exterior derraparam 3,5% em relação a julho de ano passado, enquanto as compras brasileiras ao exterior registaram uma queda de 20,3%.

Uma previsão divulgada a 19 de julho pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) estimava um excedente recorde de 46,9 mil milhões de dólares (42,57 mil milhões de euros) em 2016, mais do dobro do registado em 2015.

A associação qualificou o excedente como “negativo” por resultar não de um aumento das exportações, mas de uma queda nas importações, resultantes da recessão no Brasil.