Paulo Bernardo, ex-ministro nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e da Presidente com mandato suspenso Dilma Rousseff, foi esta segunda-feira acusado, com mais 19 pessoas, dos crimes de corrupção e organização criminosa no Ministério do Planeamento do Brasil.

A acusação foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF), que alega que Paulo Bernardo é o responsável pela implantação de um esquema criminoso que defraudou a gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planeamento, que desviou mais de 100 milhões de reais (27,4 milhões de euros), entre os anos 2010 e 2015.

O ex-ministro foi preso no passado dia 23 de junho, por suspeita de ter recebido 7,1 milhões de reais (1,9 milhões de euros) em subornos deste esquema e que envolve uma empresa chamada Consist.

A Consist administrava contratos de crédito consignado para funcionários públicos no Ministério do Planeamento, desviando 70% do valor de 1 real (27 cêntimos de euro) que era cobrado para conceder os empréstimos e enviado a uma empresa de fachada.

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Paulo Bernardo foi solto no dia 29 de junho, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a acusação, o ex-ministro e os outros envolvidos recebiam pagamentos ilegais a partir do contrato feito com a Consist.

Paulo Bernardo também teria tido despesas pessoais e de campanhas eleitorais pagas pelo esquema de corrupção.

Se a Justiça confirmar a acusação, Paulo Bernardo será constituído arguido e julgado.