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Cursos, palestras e escolas de verão: os patrocínios na saúde estão a aumentar

Este artigo tem mais de 5 anos

Os patrocínios destinados a organismos e profissionais de saúde em Portugal estão a aumentar. Estes são sobretudo oferecidos por farmacêuticas, e incluem cursos e palestras.

Este ano, foram registados mais 7 milhões de patrocínios do que no ano passado
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Este ano, foram registados mais 7 milhões de patrocínios do que no ano passado

Getty Images

Este ano, foram registados mais 7 milhões de patrocínios do que no ano passado

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Os patrocínios da indústria farmacêutica aos profissionais de saúde em Portugal, principalmente aos médicos, estão a aumentar. De acordo com o Infarmed, no primeiro semestre deste ano foram declarados mais de 36 milhões de euros, um valor superior ao registado durante o mesmo período no ano passado.

Por outro lado, o número de entidades e profissionais registados pelo Infarmed diminuiu — este ano houve menos 260 do que em 2015. À semelhança do ano passado, foram os médicos que efetuaram o maior número de registos (397) durante o primeiro semestre de 2016, seguidos dos farmacêuticos (52).

Segundo a informação divulgada esta quarta-feira pelo Infarmed, este decréscimo justifica-se “com o facto dos novos registos tenderem a diminuir à medida que se vai enraizando a necessidade de cumprimento das obrigações em matérias de transparência“.

O registo dos patrocínios concedidos e recebidos é obrigatório e pode ser consultado por qualquer pessoa através do Portal da Transparência, uma plataforma online do Infarmed. Porém, os valores declarados por quem financia e por quem recebe não coincidem, o que significa que ficaram por registar vários milhões de euros por parte dos profissionais de saúde portugueses.

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Segundo a informação divulgada pelo Infarmed, no que diz respeito aos patrocínios concedidos pela indústria farmacêutica, este ano foram registados durante o primeiro semestre 36.228.092 euros. No mesmo período do ano passado, foram declarados um total de 29.281.274 euros.

Já nos patrocínios recebidos, o montante declarado é muito inferior, o que significa que existe uma discrepância entre os valores registados. Nos primeiros seis meses de 2016, os profissionais da saúde portugueses declararam ter recebido 11.540.466, cerca de mais dois mil euros do registado em 2015.

Isto significa que, no que diz respeito a 2016, ficaram por declarar cerca de 25 milhões de euros. Em 2015, foram cerca de 20 milhões.

Conferências, cursos e escolas de verão

De escolas de verão a palestras grátis (em Portugal e não só), passando por apoios vários e cursos, o Portal da Transparência reúne patrocínios para todos os gostos, atribuídos a profissionais de saúde e a organismos ligados à área. Trata-se sobretudo de empresas com Autorização de Introdução no Mercado (AIM) de medicamentos ou de distribuidores.

Nos primeiros seis meses deste ano, uma das empresas que mais dinheiro gastou foi a VitalAir SA, que trabalha na área dos cuidados de saúde ao domicílio. Criada em 1995, a VitalAir faz parte do grupo multinacional Air Liquide, líder mundial em gases industriais e medicinais. Este ano, a empresa já gastou vários milhares de euros em congressos, palestras e escolas de verão, como o XXII Congresso de Medicina Interna, que decorreu em Viana do Castelo entre 27 e 29 de maio, e o Lufada 2016, organizado pela Associação Portuguesa do Sono em março.

Outra empresa que também abriu os cordões à bolsa em 2016 foi a farmacêutica ViiV Healthcare, que se dedica ao desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento do VIH. No primeiro semestre deste ano, a ViiV Healthcare pagou, entre muitas outras coisas, um advisory board sobre o Dolutegravir, um medicamento usado no tratamento do vírus, a vários profissionais. De acordo com o Portal da Transparência, a empresa gastou mais de 32 mil euros só nesse advisory board.

À Associação Ser — Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida, a ViiV Helthcare ofereceu um workshop sobre o diagnóstico de infeções VIH, no valor de cinco mil euros, e à Associação de Infecciologistas do Norte um curso de pós-graduação de Medicina de Viagem e de Populações Móveis que custou 9.840 euros.

Mas nem só de cursos e congressos se fazem os patrocínios em Portugal. A farmacêutica Roche, por exemplo, escolheu dar à Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética (SPCPRE) um apoio à educação e formação no valor de 12.500 euros. A Gilead Sciences, que tem por hábito oferecer apoios a várias instituições, deu à Sociedade Portuguesa de Gastrentrologia (SPG) 13.200 euros para o Jornal Português de Gastrenterologia.

No primeiro semestre, aquele organismo recebeu ainda das mãos da Giled outros 11.900 euros, um apoio destinado ao 4º Serão de Gastrenterologia, à newsletter SPG News e ao site da SPG.

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